te abandonei nas pedras nocturnas das manhãs...
chamo-te no alimento que surge,
e sempre cedo,
a dor foi sempre calada
e a saudade que por agora arrumo,
sempre um siêncio...
envelheci na desolação desastrada da tua ausência
e sorrio,
sem embarcações nas mãos por abrir.
tenho este amor gigantesco nos braços,
sem saber onde pousar.
o sonho
é possível noutro tempo,
depois de te olhar no cheiro iluminado nos dilúvios da memória.
a loucura há-de chegar
na gaveta do meu EU mais próximo,
pois já não me pertence.
e dentro da janela por onde caminhas imagem,
irás anunciar nas almas e nas flores duma planície exausta,
um jardim fúnebre de silêncio...
afonso homem


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