deus!!...
como eu odeio
pensar-te...
não... não me fazes falta...
porque fazeres-me falta, pertences-me...
e isso, eu sei!...
dias e dias que ocupas este lugar
sem pertenceres a quase nada do que sou,
faz-me pensar que apenas sem ti,
tudo o que escrevo,
é tudo o que eu queria, de ti, em mim...
canta uma vez mais,
em bancos imaginários,
este ser poeta,
este ser mais alto...
em mim!!...
oiço músicas em teu redor
no poema de véus extraordinários que te rodeiam...
será que estou certo,
neste marear de sereias
que te salgam os mais vastos oceanos de te conquistar?...
são tão pobres os meus poemas de te vencer...
não tenho frotas,
nem velas,
para rumar ao teu encontro...
perdoa-me por isso!!
sou a deriva sozinha,
sem rota,
sem vento,
que te procura com estes nomes estranhos
de entranhas obscuras,
que te chamam sem marés do que sei...
as águas não se inventarão,
sem ti!!...
afonso homem

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