PENSO-TE O OLHAR DA ÁGUA
SOBRE O ESCONDERIJO DO RELÂMPAGO...
FIZESTE-ME UM ROSTO EM SOMBRA,
O MINERAL DO TEMPO REDUZIDO
E O AMOR AO NOMEAR O INVERNO DAS MÃOS...
NÃO PERCEBO PORQUE SE DEMORAM,
PORQUE SE DEVORAM,
PORQUE SE AMAM...
PORQUE SE APERTAM
E SE ROMPEM EM VONTADES DE PAIXÕES
QUANDO SE POEMAM E NÃO SE QUEREM DESPRENDER..
LARGAR...
DESPEDIR...
VOAR...
QUEBRO-ME TÃO FORA DE TI,
TÃO DENTRO DO QUE ÉS...
VIBRO O MOMENTO QUE É CEDO,
E MATO A MORADA VIGIADA DO SILÊNCIO...
NUNCA TE FALAREI SEM SEDE,
AO REVELAR QUE TE AMO POR ENGANO,
A MEMÓRIA...
O MEDO...
POUCO ME RESTA DO QUE TE CALO...
UM DIA DORMIREI À BEIRA DO CAIR DA NOITE QUE TE RODEIA(...)
SÓ TE PERTENCE ESSE CONFUSO LUGAR...
NÃO TENHO RECEIO DE TE AMAR,
NA ALUCINAÇÃO QUE ABANDONO À SOMBRA DE UMA BOCA ESPANTOSA!...
NÃO SEI SE CHEGAREMOS AO DIA...
NÃO SEI SE CONSEGUIREMOS A NOITE...
NÃO SEI SE INVENTAREMOS O FIM...
SEI,
QUE O VELUDO SE APROXIMA
E,
QUEM PODE SABER,
SE CHEGAREMOS A MORRER AQUI
NESSA FULGURAÇÃO REPENTINA DO TEU CORPO?
A ETERNIDADE,
CREIO,
QUANDO O ANOITECER BREVÍSSIMO
DEIXAR O TEU RASTO DE PALAVRAS QUE TE FARÃO REGRESSAR...
O MEU LUGAR AQUI É ESTA OUTRA PELE LUMINOSA E NÍTIDA,
POR ONDE O FRIO SE ROMPER.
HOJE,
A AURA LUNAR TEM ESTRANHOS CONTORNOS DE VIAGENS...
NUNCA OS FIZ SEM TI!!...
NÃO DURMO SEM TE PENSAR...
NÃO TE PENSO SEM ME DORMIR!...
DESABITO-ME EM ESCOMBROS...
DESABITO-ME EM ESCOMBROS...
AFONSO HOMEM
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