sexta-feira, 19 de novembro de 2010

à minha eterna companheira cósmica...

explodi à boca,
de acender um rosto...
hei-de vê-lo,
hei-de lembrá-lo...
cercam-te
extraodinários lábios de ternura...
às vezes,
acontencem águas que surgem até onde bater o ruído imaginário do
coração...
és um poço sublinhado,
e a pele aparece
com o horizonte possível do teu ondulado centímetro...
e eis,
todo o teu comprimento
desde as areias ao raro aparecer do sol...
penso-te,
e a vida recua com ondas humilhadas de medo.
nela,
fascinam-me o rebentar dos teus cabelos em desordem...
devagar,
na sépia da marmoreada carícia, devolvo a memória do teu único sangue...
sabes,
na ondulação das tuas veias,
ainda construo pontes?...
itinerários explêndidos,
rumos,
cumplicidades,
onde a espuma te procurar na dimensão impensável do quanto te penso...
que pedaço de sítio aprisionei o meu humano corpo?
ah!!
os afectos!...
o fogo e o cansaço!...
a vaga das sombras!...
a fome!...
a sede!...
desde o verbo,
à devastação do silêncio...
afonso homem

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