domingo, 12 de outubro de 2008
onde à nudez
" escrevo onde à nudez cabe o papel habitualmente
atribuído a uma janela. quando afasto as cores para no
lugar delas não deixar senão a luz ou me debruço ao
peitoril sobre os meus próprios intestinos, a ficção fica
por conta dos relâmpagos. é como se habitasse uma
cidade que tivesse um espelho por subúrbios e o mar
viesse estilhaçar-se ao fundo da memória, onde se
encontra o coração. abro na página um buraco onde alicerço a
casa, as letras vêm às janelas"
luís miguel nava
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