quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

á índria...

és o breve descanso na tormenta
do meu escombro...
o meu doce refúgio na ruína
da minha sombra...
és o regaço meigo na devastação
onde me encontro...
és tesouro, és ternura no lugar
deste silêncio que me mora... que me habita... que me morre...
daz-me vida, por instantes, quando te olho...
quando sei que estás aí...
basta-me o entardecer tarde e triste
dos teus olhos quando me olhas...
e sei que sabes por onde vou, por onde quero ir...
conheço bem o teu medo, esse terno receio de que eu não volte
do meu escuro sitío do que faço...
basta-me o teu sorriso amedrontado que me diz:
FICA UM POUCO MAIS, POR MAIS UM INSTANTE!...
chamo-me apenas noite, escondido no teu dia...
saberei sempre o que queres salvar
no gigante destruir do que sou...

afonso homem

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